Estivemos à conversa com Donzília Bertão do Ó que, depois de na época passa ter estado como treinadora adjunta/atleta, assume agora o comando principal da equipa Sénior Feminina da Associação de Jovens da Fonte do Bastardo. A mesma nos falou do balanço
da época passada, das perspectivas para a época que se avizinha e do que se
torna necessário para o desenvolvimento da modalidade na Ilha Terceira.
Que balanço faz do Campeonato realizado pela sua equipa na
época transata?
Faço um balanço positivo, o objectivo proposto na época
passada era a manutenção na Zona Açores, conseguimos um terceiro lugar e duas
vitórias ao segundo classificado, logo, o objectivo foi claramente alcançado.
Quais as principais dificuldades que sentiu ao longo da
época?
Na época transacta não assumi a equipa como treinadora
principal, era treinadora adjunta/atleta, no entanto, o aparecimento de algumas
lesões no plantel foi uma das grandes dificuldades sentidas o que nos levou por
vezes a ter que adaptar a equipa de um modo geral e algumas atletas a uma
posição diferente daquelas a que estavam habituadas, mas como somos quase como
uma família esses pequenos problemas foram ultrapassados com alguma
naturalidade.
Que avaliação faz da evolução da sua equipa nestes últimos
dois anos?
Ao longo destes anos o clube é claro quanto ao não apostar
em atletas estrangeiras e dar ênfase às atletas que cresceram no Clube e
fizeram toda a sua formação lá. Desde à dois anos até hoje temos apostado em
miúdas juniores, tendo elas presença assídua no seis inicial, conseguindo mesmo
assim bons resultados no fim do campeonato, o que nos tem que deixar felizes,
demonstrando assim que o trabalho feito na nossa formação está a dar frutos.
Que Achou desta Zona Açores? Destaques Positivos/Negativos?
Começo pelos negativos, no meu ponto de vista penso que o
campeonato é curto demais e não acho que seja benéfico jogarmos apenas de 15 em
15 dias, seria importante ainda, que os jogos do domingo pudessem ser mais
tarde, o que seria importantíssimo no descanso que as atletas necessitam, o
jogar mais tarde no domingo possibilitaria uma maior afluência de pessoas ao
pavilhão.
Acho positivo a possibilidade que este campeonato dá às
atletas, principalmente as mais novas, de poderem tentar um nível mais alto,
caso que aconteceu com a nossa atleta dos escalões de formação, Fabíola Simões,
que tem idade ainda de júnior e joga esta época na primeira divisão no Clube
Desportivo Ribeirense.
Quais os objetivos para a época que se avizinha?
Temos como principais objectivos a manutenção, no entanto
não deixaremos de lutar pela melhor classificação possível.
Tem o plantel que
deseja para atacar esta Zona Açores?
Temos o plantel que é possível ter, é muito semelhante ao do
ano passado e apresenta muita qualidade, estamos a trabalhar muito bem, penso
que temos a qualidade suficiente para conseguir cumprir com os objectivos
delineados.
Para a primeira jornada do Campeonato, a sua equipa tem
agendado um derby diante da ADRE Praiense. Este será o ponto máximo de
motivação para o início de temporada? Ou preferia outro adversário?
Como disse anteriormente a equipa encontra-se a trabalhar
muito bem, trabalhamos no sentido de fazer frente a todas as equipas, todos os
jogos são difíceis, por isso para nós é-nos indiferente apanhar nas primeiras
jornadas a ADREP ou outra equipa qualquer do campeonato.
Na sua opinião quais os principais candidatos à conquista
desta Zona Açores?
O Clube Kairós assume claramente que o seu objectivo é a
subida, inclusivamente já o tentam a algumas épocas, penso que esta época não
será diferente, tanto o Clube Kairós como o Santa Cruz Sport Clube contrataram
estrangeiras pelo que penso que será dividido entre as duas equipas.
O que se torna necessário para o desenvolvimento do Voleibol
na ilha Terceira?
O desenvolvimento do voleibol terceirense peca, acima de
tudo pela carência de dois fatores:
Em primeiro lugar a falta de competição, problema
transversal à restante Região (Açores). Com efeito o número de jogos feitos
pelas nossas equipas que possam dar a competitividade necessária aos nossos
atletas são poucos, comparados com aquilo que se verifica noutros pontos do
país.
Em segundo lugar temos o problema da passagem dos atletas da
fase de iniciação, nomeadamente das Escolinhas do Desporto, para a realidade da
competição federada. A capacidade que os Clubes têm de "absorver" as
crianças vindas deste projeto são limitadas e a não existência de mais Clubes
que o possam fazer limita o desenvolvimento da modalidade, quer quantitativa como
qualitativamente.
Para terminar uma mensagem aos leitores e amantes da
modalidade.
Compareçam mais nos nossos pavilhões para assistirem a jogos
de voleibol, é importantíssimo esse factor para o desenvolvimento da
modalidade, quero ainda desejar a todos uma excelente época desportiva, onde
existe uma bola de voleibol, existe felicidade.
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